Na última semana, os candidatos das Eleições 2018 do Colégio Super Incentivo deram início à campanha eleitoral com a realização da primeira convenção, já noticiada aqui no
Liberty.
Analisemos, então, as apresentações:
Frente Nacionalista Brasileira (FNB)
O partido que tem como seu principal ponto a melhoria econômica a partir de um "plano nacional-desenvolvimentista", ou seja, "planejar" as trocas comerciais a fim de garantir um desenvolvimento no país. Só faltou mencionar que nós, Brasil, atuamos com planos de desenvolvimento econômico há muito tempo e já ficou mais do que comprovado que interferir na economia para traçar um "plano" é altamente perigoso, podendo gerar crises.
Outro ponto mencionado foi o ensino de ciências econômicas nas escolas. Ninguém se perguntou, porém, como se dará tal ensino. São inúmeras as correntes econômicas que têm autores respeitados mundo afora por suas teorias acerca dos problemas econômico. Apenas a título de exemplo, tem-se a diferença entre as duas principais universidades do Estado: enquanto a UFSC prestigia o marxismo, a Udesc o faz com o keynesianismo. Aprofundar-nos-emos no assunto economia em outros artigos.
Partido Honestidade e Progresso (PHP)
O PHP, durante sua apresentação inicial, registrou um discurso altamente populista, prometendo reerguer a economia, reduzir ao máximo as desigualdades e acabar com a corrupção. Mas como? Não mencionaram nenhuma proposta econômica e também não falaram como acabariam com a corrupção.
Já sobre a parte da desigualdade, mencionaram a legalização da maconha e controle de fronteiras. O problema é que nós temos uma fronteira terrestre de quase 16 mil quilômetros. Os EUA, cuja polícia é mais preparada, não conseguem controlar uma fronteira de 3 mil quilômetros, isso sem contar o fato de que fazemos fronteiras com os maiores exportadores de drogas do mundo. Ao serem indagados sobre isso, não responderam de maneira coerente e convincente.
Partido de Direita Brasileira (PDB)
Durante seu discurso de apresentação, o Partido de Direita Brasileiro ficou cerca de dois terços do tempo falando sobre a população carcerária e, fora a flexibilização do estatuto do desarmamento, não apresentaram nenhuma proposta seria para reduzí-la. Nesse âmbito, não abordaram seriamente a educação e a saúde, além da flexibilizaçao de mercado que contribuiriam para acabar com o problema pela raiz.
Outro ponto abordado foi a construção das ferrovias. Voltamos a abordar, com que dinheiro vamos construí-las se operamos em defcit? Quando questionados sobre o assunto, não responderam com clareza.
União
O partido União mostrou um discurso recheado de populismo e demagogia. Pregam a "união" entre as classes, a união dos brasileiros, mas não dizem como isso pode acontecer. Aliás, não existe maneira de "unir" 200 milhões de pessoas sem que necessariamente elas sejam doutrinadas a um mesmo pensamento específico, mantendo um controle populacional como os que são feitos nos diversos governos totalitários que temos hoje e tivemos no passado.
Quando indagados com relação à economia, apresentaram uma proposta referente ao Refis, para a arrecadação de 500 bilhões de reais... Mas e depois? Nosso déficit do ano de 2017 é de aproximadamente 125 bilhões. Como o resto dos 375 bilhões serão suficientes para manter um crescimento estável e e garantir um superávit para os próximos anos mesmo com propostas que demandam altíssimos investimentos? Essa questão não ficou clara.
Partido Liberal Democrata Brasileiro (PLDB)
O PLDB iniciou sua apresentação falando de redução de burocracia e liberalização de mercado. Mas ao decorrer dela falaram em revogar a PEC do teto e "criar empregos", mostrando uma incoerência sem tamanho no discurso.
Se são a favor de reduzir o estado de tamanho e consequentemente reduzir os gastos, como podem ser contra algo que limita o progresso de gastos do governo? Além disso, disseram que a PEC "limita o investimento". Então por que o investimento em saúde e educação aumentou em cifras bilionárias desde que a PEC foi aprovada?
A outra pergunta é como eles vão "criar empregos"? Emprego não é uma coisa que se "cria" a não ser que o Estado arrume novas obras ou crie novos cargos.
Partido Democrático Liberal (PDL)
O PDL foi o partido que defendeu, até o momento, a liberdade do indivíduo sem nenhuma contradição. Propuseram a fragmentação dos poderes, com uma reforma no pacto federativo, flexibilização da CLT, contribuindo para a diminuição do desemprego, desburocratização e diminuição de impostos, contribuindo ao empreendedor e consequentemente, a economia como um todo.